RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Apresentação de Abertura - PIAP, IAdança - Incena
Foto: Gabriela Caetano


MESA 1 

Fernanda de Souza Almeida
Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes da UNESP

QUE DANÇA É ESSA? UMA PROPOSTA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.
Arte e Educação: Processos Artísticos e Experiências Educacionais.
Apresento neste artigo a pesquisa de mestrado que venho desenvolvendo desde o início de 2011, com financiamento da CAPES. Pesquisa esta que busca uma aproximação entre a dança e a criança de educação infantil; um período de descoberta do mundo, do corpo e do outro, no qual a criança amplia o leque relacional, o repertório motor e as capacidades comunicativas; um período, que apesar de toda modificação jurídica em prol dessa etapa de escolarização, ainda tem sua especificidade pouco reconhecida. Sob esse aspecto, a pesquisa pretende que o trabalho em dança vá ao encontro das características da faixa etária descritas por Henri Wallon (1941, 1989) que caracteriza a idade entre 3 e 6 anos como um período de construção de si como um ser diferente de outros seres; um processo de discriminação entre o eu e o outro. Para tal, será oferecida, relatada e refletida uma proposta em dança inspirada nos estudos de Laban (1978, 1990) e nos seus interlocutores: Marques (1999, 2005, 2010), Rengel (2005, 2009), Godoy (2003, 2007, 2008, 2010) e Strazzacappa (2001, 2009), as quais vinculam os estudos de Laban ao ambiente escolar. Um curso que possibilite a experienciação da dança como espaço de criação, exploração, descoberta, brincadeira e jogo com o seu corpo, com o do colega e com o movimento. A pesquisa de mestrado configura-se, neste início, com a revisão bibliográfica, pretendendo apresentar um panorama da educação infantil, a especificidade da faixa etária e a dança na educação. A metodologia será desenhada no início de 2012, próximo à qualificação.
Palavras-chave: Educação Infantil; Rudolf Laban; Henri Wallon.

Flávia Brassarola Borsani
Vínculo institucional: mestranda em Arte e Educação no IA/UNESP

UM ESTUDO SOBRE O (S) DIÁLOGO (S) ENTRE COREÓGRAFO, BAILARINOS E OBRA EM UM PROCESSO DE CRIAÇÃO EM DANÇA CONTEMPORÂNEA
Orientadora: Profª. Drª. Kathya Maria Ayres de Godoy
Esta pesquisa empírica qualitativa é fruto de questionamentos relacionados surgidos ao longo de minhas vivências na área da Dança enquanto bailarina, graduanda, professora de Balé Clássico e Dança Contemporânea, ensaiadora e assistente de direção. Trata-se de um estudo de caso em que pretendo acompanhar e descrever o processo de criação de uma obra de Dança Contemporânea na São Paulo Cia de Dança e refletir sobre os diálogos estabelecidos entre: a) entre coreógrafo e obra; b) coreógrafo e bailarinos; c) bailarinos e obra a fim de compreender como se dá a concepção e fruição da obra artística. Como procedimentos, utilizarei a observação a partir de um roteiro base, e como instrumentos para coleta de dados serão aplicadas entrevistas semi-estruturadas junto aos participantes da pesquisa (bailarinos e coreógrafo) a fim de verificar: 1) como os bailarinos compreendem as informações/idéias do coreógrafo e como as transpõem para seus corpos; 2) como o coreógrafo concebe sua obra e como a transmite aos bailarinos. A análise e discussão dos dados serão feitas a partir dos estudos semióticos de Santaella (2001) e Pignatari (2001). Assim, pretendo analisar o processo de criação para entender como os bailarinos assimilam e reorganizam em movimentos as ideias transpostas pelo coreógrafo, a fim de que cheguem à fruição do público e trazer para o meio científico, reflexões acerca da Dança como linguagem composta por signos.
Palavras-chave: Processo de Criação; Dança Contemporânea; Linguagem Sígnia.

Jean-Jacques Armand Vidal
Aluno Regular da Pós-graduação IA UNESP
Orientadora: Profa. Dra. Geralda Mendes F. S. Dalglish (Lalada)

A CERÂMICA DO POVO PAITER SURUÍ DE RONDÔNIA: CONTINUIDADE E MUDANÇA CULTURAL, 1970-2010
Esta pesquisa é o resultado de um trabalho de campo sobre um aspecto específico da cultura material dos índios Suruí de Rondônia, a cerâmica. A investigação se fez através de levantamento etnográfico, registro fotográfico e vídeo dos procedimentos utilizados por este povo para fabricar suas peças, verificando a localização da matéria-prima, procedimentos de extração deste material, possíveis temperos agregados a argila, técnicas de modelagem, queima, tratamento de superfície e função utilitária e ritualística das peças, com ênfase nas relações sociais envolvidas neste processo. Este estudo propôs-se também a recolher e documentar peças cerâmicas contemporâneas, com a finalidade de comparar a produção atual com as coleções Suruí dos anos 70 e 80 do século XX, do acervo particular da antropóloga Betty Mindlin, e de peças elaboradas em 2010 na aldeia Gãbgir, de modo a verificar, de um lado, a continuidade dos processos tecnológicos e de outro lado as mudanças culturais, em termos de morfologia, volume, acabamento de superfície, além de observar se fatos históricos como os contatos com os não indígenas influíram ou alteraram a produção cerâmica em relação aos processos de manufatura, implementos utilizados, técnicas empregadas, usos e interferências nas relações sociais.
Palavras chave: Cerâmica Suruí - Cultura material – Estado de Rondônia.

Fernando Luis Cazarotto Berlezzi
Aluno especial da pós – IA UNESP

A PRESENÇA DOS SERTÕES NA TELEDRAMATURGIA BRASILEIRA
Área de pesquisa: Cultura Brasileira
O Presente trabalho pretende travar uma discussão a respeito da teledramaturgia (novelas, seriados e minisséries), tomando como base o contexto dos sertões e suas representações na telinha. A teledramaturgia é, geralmente, concebida em narrativas cuja apresentação é seriada. Ou seja, é realizada em capítulos ou episódios que podem ter, a depender do tipo de narrativa, características e formas de desenvolvimento bem diferenciados e específicos. Ao invés de tentar obter respostas para as questões relacionadas ao tema, tem o objetivo de problematizar e fomentar discussões de como, quando e porque essa forma de expressão artística a teledramaturgia começou a ser considerada uma forma de arte menor e passou a ser execrada pelos intelectuais.
Palavras-chave: Teledramaturgia – sertões – adaptações

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