RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Participantes da Mesa 2
Foto: Gabriela Caetano

MESA 2

Lilia Nemes Bastos
aluna regular do mestrado IA –UNESP
Título da comunicação: ESTUDOS A RESPEITO DA PANTOMIMA A PARTIR DO ESPETÁCULO “A NOITE DOS PALHAÇOS MUDOS”, DA CIA. LA MÍNIMA.
Orientador: Professor Doutor Mario Fernando Bolognesi.

Resumo: O espetáculo “A noite dos palhaços mudos”, da Cia. La Mínima, é uma das poucas manifestações artísticas atuais a adotar a linguagem da pantomima. Linguagem híbrida e predominantemente gestual, a pantomima tem larga tradição na história da arte. Esta comunicação pretende compartilhar estudos a respeito de alguns momentos da história da pantomima, apontando variantes estéticas e buscando correlações com o espetáculo da Cia. La Mínima. O trabalho integra a pesquisa de mestrado intitulada “A comicidade no espetáculo A noite dos palhaços mudos, da Cia. La Mínima”, sob orientação do Professor Doutor Mario Fernando Bolognesi.
Palavras-chave: palhaço, pantomima e circo.

Alexandre Falcão de Araújo
Aluno regular do Mestrado em Artes da UNESP
A AÇÃO POLÍTICA NO TEATRO DE RUA DE DOIS COLETIVOS ARTÍSTICOS DO EXTREMO LESTE DA CIDADE DE SÃO PAULO.
Área de pesquisa: artes cênicas.

RESUMO
O objetivo deste trabalho é pesquisar os procedimentos de ação política no teatro de rua a partir do estudo de encenações de dois coletivos artísticos do extremo leste da Cidade de São Paulo: Aliança Libertária Meio Ambiente (ALMA Ambiental) e Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes. Ambos os coletivos citados desenvolveram, ao longo de sua história, espetáculos teatrais criados e apresentados em espaços ao ar livre, espaços urbanos ressignificados pelas encenações. O recorte da pesquisa estará na análise dos procedimentos de ação política utilizados nos processos de criação e apresentação dos espetáculos A saga do Menino Diamante: uma ópera periférica, do coletivo Dolores, e Antes que a Terra fuja, do coletivo ALMA. Para tanto, serão realizadas entrevistas com os criadores, análise de material iconográfico (vídeos, fotos) e de registros escritos (manuscritos, impressos ou em sítios da internet) sobre os processos criativos e assistência a ensaios e aos espetáculos, se houver apresentações. Como desdobramento teórico, a pesquisa buscará evidenciar, na produção escrita disponível sobre teatro de rua (de âmbito acadêmico ou não), as pistas conceituais para compreender as formas possíveis de promover uma ação política na modalidade teatral em questão. Assim, será possível cotejar o discurso apresentado pelos integrantes dos coletivos pesquisados e os discursos oriundos dos textos estudados na revisão bibliográfica, identificando contradições e complementaridades.
Palavras-chave: Teatro de rua. Política. Periferia.

Sarah Monteath dos Santos
aluna especial do programa de pós-graduação em artes cênicas IA UNESP
Título: O FIGURINO QUE DEFORMA O CORPO , O CORPO QUE DEFORMA O FIGURINO : SURGIMENTO DAS MULHERES PALHAÇAS.
Área de pesquisa: Estética e Poéticas Cênicas.

Resumo: A ideia de monstro faz-se necessária nas diferentes épocas da sociedade, suscitando diversos sentimentos e funções dentro da mesma. Percebe-se que a noção de monstro, a princípio volta-se para o que é diferente, ou deformado, que não encontra-se em sintonia com o que é esperado pela sociedade, mas que se faz extremamente necessário para educar as gerações, ou para causar admiração e curiosidade. Dentre os inúmeros sentimentos despertados, o diferente também suscita o riso de acordo com Henri Bergson (1900), e, observando ser este o objetivo da personagem palhaço, analisamos que este (tomando-se nesta pesquisa o Augusto, como exemplo), utiliza- se de seu figurino para diferenciar-se, ao mesmo tempo que deforma seu corpo, propositadamente com roupas exageradas, sapatos e nariz enorme, suscitando, ainda diversos sentimentos, essa personagem ultrapassa o âmbito monstruoso, através do seu figurino grotesco. Tradicionalmente masculina, esta personagem, no circo, algumas vezes foi interpretada por mulheres, que precisavam esconder-se sob o figurino do Augusto, e não permitir que o público percebesse que ali havia uma mulher. A partir de 1970, através das escolas de circo, essa situação passa a modificar-se e as mulheres passam a ter a possibilidade de se apropriarem dos conteúdos da personagem, modificando-os em alguns momentos. A partir deste momento, tem-se uma apropriação e mudanças, dentre outras coisas, do figurino da personagem. Esta personagem, que em alguns casos vai se apresentar e defender-se enquanto palhaça, modificando o figurino e a máscara tradicional do Augusto, origina a sua própria personagem. Em outros casos, no entanto, é possível encontrar uma defesa da tradição nesta personagem enquanto masculina.
Palavras- chave: diferente, personagem palhaço, figurino.

Celso Amâncio de Melo Filho
Mestrando IA/UNESP
celsoamancio@gmail.com
Título da comunicação: CLOWNS MUSICAIS, MÚSICOS EXCÊNTRICOS E A MUSICALIDADE NA ARTE DE PALHAÇOS
Orientador: Mario Bolognesi

Resumo: Esta comunicação pretende apresentar os resultados parciais da pesquisa de mestrado “O Clown Musical – uma abordagem de sua poética e trajetória segundo o trabalho de três grupos da atualidade”. Serão abordadas as três formas que linguagem musical é utilizada por clowns ou palhaços na história do circo brasileiro: 1 – O fenômeno dos palhaços cantores na virada do século XX; 2 – O clown musical ou músico excêntrico enquanto um tipo de clown especialista; 3 – A música como ferramenta própria da arte dos palhaços. A comunicação tomará dois exemplos de palhaços do documentário O Circo, de Arnaldo Jabor e tem sua bibliografia apoiada em pesquisas de âmbito nacional, valendo-se principalmente da obra de Mario Bolognesi, Erminia Silva e José Ramos Tinhorão.
Palavras-chave: Clown, circo, música, palhaços, comicidade.

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