RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Palestra de Abertura do Prof. Dr. Omar Khouri
Foto: Gabriela Caetano


MESA 4

Flávia Ruchdechel D’ávila
Aluna regular do PPG IA UNESP
flaviaconta@gmail.com

TEATRO DE OBJETOS – APANHADO HISTÓRICO E ATUAL
Orientador: Wagner Cintra
Resumo: O teatro de objetos é uma vertente do teatro de animação ainda pouco estudada no Brasil. O termo surgiu na década de 80, na França, e diz respeito a encenações onde o foco principal está voltado para objetos industrializados, facilmente encontrados em lojas de R$ 1,99, reconhecíveis por todos. Christian Carrignon, co-fundador do grupo Théâtre de Cuisine e um dos precursores do movimento, afirma que “o teatro de objetos é do nosso tempo e da nossa sociedade. Este é um teatro nascido no final do século XX, em uma Europa invadida por objetos made in China” (CARRIGNON, MATTÉOLI, 2009, p.17). Os atores estabelecem jogos com estes objetos trazidos para a cena, que passam a ser encarados como personagens. A dramaturgia sofre influências dessa relação entre ator e objeto, fazendo surgir espetáculos cheios de metáforas e provocações. Segundo Carrignon, ele busca falar de gente e não de outras coisas: “esses objetos me tocam porque eles foram comprados, amados e esquecidos. Eu os toco na cena: eu toco a vida. Eles pertenceram a pessoas vivas” (ibid., p. 16). O filósofo François Dagognet, citado por Mattéoli (2011, p.28), defende um ponto de vista parecido. Para ele, o objeto torna palpável a presença do homem, sendo um fato social total: o objeto é carregado de culturas, de imaginários e de aspirações sociais. Os objetos são capazes de contar a história das sociedades nas quais eles estão inseridos. A percepção do potencial expressivo do objeto foi largamente empregada nas artes do século XX e acreditamos que o teatro de objetos é herdeiro de movimentos artísticos, plásticos e teatrais. Nesta pesquisa serão apontados artistas fundadores e precursores deste movimento e também espetáculos produzidos na atualidade, sobretudo a partir do acompanhamento do FITO (Festival Internacional de Teatro de Objetos), mostra itinerante brasileira que, a cada ano, tem trazido artistas de diferentes países que pesquisam e trabalham com o teatro de objetos.
Palavras-chave: objeto, artes plásticas, teatro.

Roberto Rodrigues de Oliveira
UNESP - Mestrado em Artes

Título do trabalho: A OBRA DO GRUPO XPTO DE TEATRO E A POÉTICA DO ESPAÇO
Área de pesquisa: Artes Cênicas

O objeto de estudo desta pesquisa é a cena proposta pelo Grupo XPTO de Teatro, que, com sua teatralidade, tem revolucionado o arcabouço material e humano da expressão teatral ao longo destas últimas três décadas, deixando sua marca estilística ao desenvolver uma linguagem própria. A transformação de sua cena se dá com foco no movimento que acontece em todos os níveis e direções do espaço encenado. Tudo o que está compreendido pelo espaço cênico entra em movimento para que se realize a cena propriamente dita.  Essa dinâmica conta com várias técnicas e habilidades artísticas. A experiência da integração entre os diferentes elementos da cena foi desenvolvida de modo que a cenografia passou a ganhar maleabilidade e mobilidade, adquirindo com isso certa autonomia e um alto grau de participação na ação cênica, além de conferir um dinamismo especial à obra do XPTO. A principal base teórica presente na fundamentação desta pesquisa é a obra A Poética do Espaço de Gaston Bachelard.
Palavras-chave: teatro, encenação, cenografia

Silvana  Lapietra Jarra
Aluna Regular – Mestrado – PPG – IA UNESP

METÁFORAS E NARRATIVAS DE PROFESSORES DE ARTES
Orientadora: Profª Dra. Luiza Helena da Silva Christov
Área de Pesquisa: Arte e Educação – Processos artísticos e experiências educacionais

A pesquisa investiga a potência da metáfora e da narrativa de histórias pessoais e profissionais em processos de formação de educadores para trazer à cena a racionalidade imaginativa e a inteligência reflexiva, tomando a arte como experiência cognitiva. Promove aproximações entre Metáfora, Memória, Experiência e Narrativa. Integra aspectos conscientes e inconscientes permeando ações, práticas, procedimentos, valores, atitudes e escolhas fazendo emergir um pensamento vivo nos processos de formativos. Viver, narrar, trazer a experiência para o espaço da formação estudando os processos de criação pelo viés estético, metafórico, problematizando-a, reconstruindo-a, investigando-a, incorporando-a ou não, no diálogo com outras narrativas gerando deslocamentos e transformações.
PALAVRAS CHAVES: METÁFORA – NARRATIVA – EXPERIÊNCIA.

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