RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Performances Espaços (I)Móveis de Alan Scherk e Mariana Delgado
Foto: Gabriela Caetano


MESA 9

Thiago Antunes de Oliveira Santos
aluno regular do Mestrado em Artes do IA UNESP

ATOR-OBJETO
Apresentação estrutural do projeto No Limite da Imobilidade, em que serão discutidos alguns impasses e descobertas deste primeiro ano de trabalho. A partir do recorte da direção de atores no teatro de Samuel Beckett, discutiremos algumas anotações do próprio autor ao dirigir suas peças, a sua estética teatral e as relações entre personagem e objeto cênico.

Rosangela Ferreira de Oliveira
Vínculo institucional: Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes da UNESP

MESTRE GALDINO: O POETA E CERAMISTA DE CARUARU – PE
Artes Visuais: Processos e Procedimentos Artísticos
Prof.ª Dr.ª Geralda Mendes F. S. Dalglish (Lalada Dalglish)

A pesquisa: “Mestre Galdino: O poeta e ceramista de Caruaru – PE”, refere-se à construção da poética deste artista desde a coleta do barro, tipos de fornos, técnica utilizada, catalogação de sua cerâmica e poesia, análise da caracterização mítica presentes em sua obra até o contexto social que influenciou seu trabalho. Mestre Galdino foi poeta e ceramista pertencente à cidade do Alto do Moura / Caruaru-PE, local onde se nota a significação e importância de suas cerâmicas. Logo na entrada da cidade nos deparamos com uma homenagem aos dois ceramistas responsáveis pela tradição do núcleo de ceramistas de Caruaru: Mestre Galdino e Mestre Vitalino. Os ceramistas - descendentes da tradição do barro – consideram e prestigiam os dois Mestres e, mesmo assim, há poucos estudos publicados sobre a biografia, poesia e cerâmica do artista popular Mestre Galdino, falecido em 1996. Suas primeiras peças são jarros e máscaras e, aos poucos, em seu “escritório”, foi construindo sua poética pessoal. A imitação da realidade não era considerada Arte para Galdino, mas com a expressão dela através de figuras imaginárias foi à busca pela “transformação” da sua Arte e da construção de sua poética, estabelecendo uma rede com seu meio social sem separar Arte, poesia e vida.
Palavras Chave: Mestre Galdino; Cerâmica; Arte Popular; Alto do Moura – Caruaru/PE.

Márcio Rodrigo Ribeiro
Universidade de Santo Amaro (Unisa) – curso de Comunicação Social.
Aluno Especial – Pós-graduação Stricto Sensu em Artes do IA Unesp – São Paulo.

Título: AS IDAS E VINDAS DO CINEMA BRASILEIRO AO SERTÃO
Orientador: Prof. Dr. José Leonardo do Nascimento

Resumo: Partindo da análise dos longas-metragens “O Céu de Suely” (2006) e “Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo” (2010), ambos dirigidos por Karim Aïnouz, este trabalho pretende analisar as relações estéticas e sociais entre o cinema brasileiro atual e o sertão. O objetivo é explicar de que maneira os diretores atuantes no País desde a chamada Retomada – de 1995 para cá – representaram simbolicamente na tela este espaço que, desde 1936, com o filme do libanês Benjamin Abrahão sobre Lampião e seus cangaceiros, tornou-se tema recorrente na filmografia do País. Ao eleger a estrada como principal elemento da civilização material que une o sertão à “cidade grande”, este estudo evidencia a distância existente entre o chamado “mundo moderno” e “mundo arcaico”, questionando se o conceito de aldeia global, formulado pelo teórico canadense Marshall McLuhan nos anos 60, é válido em um contexto cultural tão dispare como o brasileiro, em que desde nosso passado colonial a maioria da população vive ao longo do litoral e mirando o além-mar. Da mesma maneira, ao traçar um breve panorama histórico dos filmes brasileiros que têm o sertão como cenário, esta análise também revela que enquanto durante o movimento do Cinema Novo, nos anos 60, este espaço foi palco para histórias marcadas por dramas sociais ou coletivos, como é o caso de filmes como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha, hoje o sertão serve como lugar para se exibir dramas individuais de personagens que têm suas vidas marcadas pelos desafios de (sobre)viver em um lugar tão negligenciado pelo Brasil ao longo de séculos como evidenciam obras literárias como “Os Sertões” (1902), de Euclides da Cunha.
Palavras-chaves: Sertão; cinema brasileiro contemporâneo; aldeia global.

Fernando Marques Camargo Ferraz
Mestrando PPG IA UNESP

Título: DANÇA NEGRA CONTEMPORÂNEA: DIVERSIDADE DE EXPRESSÕES, EMBATES POLÍTICOS E PROJEÇÕES CÊNICAS.
Área de pesquisa: Artes Cênicas (Dança)
  
Este artigo intenta abordar como os coreógrafos que se identificam com a linguagem da dança negra, constroem atualmente mediações com o cenário da produção da Dança Contemporânea. Verificar como apesar da diversidade de produção existente entre os coreógrafos da dança negra existe um esforço em instaurar um debate atual sobre seus procedimentos de criação e composição cênica, assim como, identificar como essas práticas constroem modelos de atuação profissional e produção cultural. O artigo também aponta como conceitos construídos e utilizados nos trabalhos acadêmicos apontam para a construção de parâmetros e modelos de análise dessa dança, seja indicando parâmetros teórico-metodológicos de análise dessa dança, seja apontando caminhos operacionais de análise. Por fim, o artigo pretende indicar como os esforços em identificar métodos e práticas dessa linguagem de dança não podem escapar dos nexos políticos de sua produção.
Palavras-chave: Dança negra contemporânea, procedimentos de criação, teoria da dança.


RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Performance Daqui Prali de Viviane Madu
Foto: Gabriela Caetano


MESA 8

Ana Maria Simões de Araújo
Aluna Regular PPG IA UNESP

A PROFISSIONALIZAÇÃO DO DOCENTE DE ARTE: DIALOGIA COM A EXPERIÊNCIA.
Orientadora: Luiza Helena da Silva Christov.

O trabalho disserta sobre a profissionalização do docente em Arte, através da formação continuada do professor de arte em diálogo com sua experiência. Uma vez que a formação continuada possibilita a reflexão sobre o próprio trabalho do professor de arte, suas experiências, conceitos etc..., os professores tornam-se passíveis de mudanças numa esfera coletiva. A pesquisa pretende contribuir para a discussão dos caminhos existentes entre teoria e prática no ensino-aprendizagem da arte, tendo como fundamentação teórica alguns autores e documentos, que norteiam essa área de conhecimento, bem como o currículo da educação básica. Algumas questões impulsionaram está pesquisa: “Existe descompasso entre teoria e prática? Como se entende o ensino de Arte? Qual a experiência vivida pelo professor em sua formação inicial? John Dewey, Paulo Freire e Marie-Christinne Josso foram alguns dos teóricos apontados na mediação formação e experiência no conhecimento de arte.
Palavras-chave: Formação Continuada, Arte Educação e experiência.

Susete Rodrigues da Silva
Mestrado PPG IA UNESP

MARIO DE ANDRADE E CRIAÇÃO DOS PARQUES INFANTIS NA CIDADE DE SÃO PAULO
Orientador:`Profº  Dr. João Cardoso Palma Filho

Na década de 30, durante a Era Vargas, Mário de Andrade participa da gestão dos Ilustrados e IntelectuaisNna cidade de São Paulo, dirigindo o Departamento de Cultura (DC) da cidade. Paulo Duarte e Mario de Andrade com o apoio de jornalistas e intelectuais constroem o projeto que irá criar o DC da cidade de São Paulo, com apoio do então prefeito Fábio Prado e do governador do estado de São Paulo Armando de Salles Oliveira. Recebe influências modernistas, da “Escola Nova”, apresenta espírito crítico de pesquisa e experimentação. O Departamento de Cultura e Recreação foi criado oficialmente em maio de 1935. Pela primeira vez a legislação municipal assume uma diretriz cultural para a cidade de São Paulo. O DC tinha como meta atuar como uma “instituição de expansão cultural no seio do povo” para promover a “elevação cultural do povo”. Mario de Andrade chamou sua atuação política de arte-ação, propôs um conceito democrático de cultura, “uma relação pedagógica” entre as várias dimensões que ele estava tentando sintetizar: o nacional e o universal, a cultura do “povo” e a cultura “erudita”, o moderno e o tradicional, a criatividade e a experimentação artística individual e a importância da arte no enriquecimento da vida da comunidade. A criação dos Parques Infantis é um marco na história da Educação, garantiu o direito à infância. Criados inicialmente como um projeto de educação não formal para atender os filhos dos operários, posteriormente, não como na sua ideia original, dá origem ao que conhecemos, hoje, como rede de educação infantil da cidade de São Paulo. Os Parques tinham preocupações relacionadas à nacionalidade das crianças, os três parques criados inicialmente: Lapa, Parque D. Pedro II e Ipiranga eram motivados a conhecer os hábitos culturais das crianças, a desenvolver atividades que privilegiassem a cultura popular brasileira, através das músicas, das histórias, dos jogos e das brincadeiras populares no sentido de construir uma identidade cultural brasileira. Atividades desenvolvidas nos Parques garantiam um trabalho integrado em vários níveis: a criança, o jogo, a cultura, a educação e a saúde.
Palavras-chave: educação popular, cultura, parque infantil.

Thaisa Schmaedecke
Aluna ouvinte da pós graduação IA UNESP
thaisams@yahoo.com.br

A RELAÇÃO DE CONTROLE PRESENTE EM BERÇÁRIO E ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Este trabalho visa refletir sobre a relação de controle, expandida em instituições de ensino destinadas a bebês e crianças, como uma prática comum, possibilitada pela disponibilidade de mecanismos controladores oferecidos pelas próprias instituições de Educação Infantil e Berçários, como estratégia de marketing. A disponibilização do acesso a imagens, em tempo real, obtidas geralmente pelo próprio site da escola ou berçário por sistema de webcan, possibilitando a visualização pela internet de espaços escolares monitorados, pode ser não somente o oferecimento de um serviço diferenciado, como um incentivo a prática de vigia e de punição dos pais aos professores/berçaristas da escola. Tais mecanismos, contudo, podem servir não somente como um facilitador para o estabelecimento de controle dos pais sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola, como também podem comprometer a autonomia dos profissionais que ali atuam e, sobretudo, a dos filhos. A reflexão sobre essas práticas traz como fundamentação as teorias de Foucault sobre a sociedade de controle, levando em conta, entretanto, as necessidades da sociedade contemporânea diante da predominante ausência dos pais nesse período cuja importância é de grande relevância: a infância, objetivo principal deste trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: educação; controle; autonomia.


Ivanildo Lubarino Piccoli dos Santos (Ivanildo Piccoli)
Doutorando no IA/UNESP

A TRÍADE CÔMICA DA COMMEDIA DELL'ARTE E DO CAVALO MARINHO

Resumo: Este artigo traz uma análise comparativa entre as personagens cômicas que integram a brincadeira do Cavalo Marinho pernambucano e as máscaras das personagens cômicas da Commedia dell'Arte. Este estudo tem como base referências bibliográficas, análise de imagens e observação de campo. É apresentado um pequeno histórico de cada uma destas manifestações cênicas e a suas possíveis heranças e similaridades, seguido de uma análise da tríade de personagens cômicas: Mateus, Bastião e Catirina do Cavalo Marinho e as máscaras de: Arlecchino, Brighella e Servetta da Commedia Dell'Arte. São analisadas as composições destas máscaras cômicas e uma investigação de aproximações e semelhanças entre as características definidoras de cada uma delas através dos elementos cênicos que as compõem (interpretação, recursos dramatúrgicos, composição visual e musicalidade).
Palavras chave: Cavalo Marinho; Commedia dell’Arte e Máscaras.

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Coletivo Parabelo em performance durante a Mesa 7
Foto: Gabriela Caetano


MESA 7

Carlos Ataide Ferreira
Mestrando em Artes/UNESP

“O PENTATEUCO, D’OS FOFOS ENCENAM: UM PROCESSO DE CRIAÇÃO DRAMATÚRGICA E CÊNICA NO CONTEXTO DAS TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS”
Área de concentração – Artes Cênicas / Linha de Pesquisa – Estética e poéticas cênicas
Orientador: José Manuel Lázaro de Ortecho Ramirez

Esta pesquisa tem por objetivo descrever o processo de construção dramatúrgica e cênica do novo projeto cênico da Cia. Os Fofos Encenam, com a intenção de compreender a sua gênese, seu modus operandis, sua essência, o sentido produzido nas intersecções desta experiência. No princípio, Os Fofos Encenam criaram o Assombrações do Recife Velho (2005) e o Memória da Cana (2009). O terreiro estava, então, fertilizado para o Pentateuco e um sopro de festa agitava seu exército: a comemoração dos seus dez anos ininterruptos de exercício cênico na cidade de São Paulo. Hoje, o tempo e o lugar são de festa, fé e criação cênica. Fé com festa. Teatro com fé e com fé no teatro; e com a danada da fé cênica. Em São Paulo. Em Piracicaba. Em Recife. Em Vicência (PE). Primeiro ano da segunda década do século XXI. É o florescimento do Pentateuco e um êxodo para o amadurecimento artístico de Os Fofos Encenam ou, simplesmente, d’Os Fofos como se autodenominam seus participantes. O Pentateuco germinou após ter sido contemplado com o Programa Petrobrás Cultural/2010 no qual Os Fofos elegem a cana-de-açúcar e o sagrado como protagonistas de seu novo engenho teatral a ser gestado entre março de 2011 a dezembro de 2012, com estreia prevista para julho de 2012 (quando se encerra esta pesquisa), na cidade de São Paulo. Esse projeto d’Os Fofos empreende um passeio histórico evolutivo da relação do Brasil com a cana-de-açúcar e pretende investigar as implicações deste vínculo na formação da sociedade brasileira, pesquisando traduções cênicas para esta ligação. O texto dramatúrgico será construído em cinco atos, cada ato dialogando com aspectos relevantes ou fatos históricos ligados ao cultivo da cana-de-açúcar nos seus cinco séculos de reinado em sintonia com os livros do Pentateuco (lista dos cinco primeiros livros constituinte do Antigo Testamento e da Torah). Nessa trajetória, também há de se exercer uma discussão sobre o sagrado nas relações familiares, no trabalho, nas festas e na religiosidade da “comunidade da cana”. É fundamental frisar que também sou sujeito do meu objeto de pesquisa. Aqui o foco não está na obra, mas no processo. O ator passa a ter uma colaboração decisiva na construção do espetáculo e do texto dramatúrgico. A criação vem do espaço do ensaio: as concepções cênica e dramatúrgica surgirão do processo. Há a pluralização da autoria que terá na voz do encenador-orquestrador um organizador desta teatralidade, conforme a define Josette Féral em Teatro, teoría y práctica: más allá de las fronteras (2004). Os seguintes temas do projeto cênico do Pentateuco d’Os Fofos: a promessa da concepção, a eleição de territórios e processos, a aliança entre os pares e as leis, regras, definições e conceitos estabelecidos são os fios de ouro que se entrecruzam na trama do Pentateuco do Antigo Testamento e continuarão seu curso por todo o novo testamento que será edificado pelos Os Fofos e perseguido por mim nesta pesquisa.
Palavras-chave: Processo criativo – Encenação –Teatralidade contemporânea.

Adriana Honorato Gonçalves
aluna regular PPG IA UNESP

Título da pesquisa: QUESTÕES PRELIMINARES SOBRE ASPECTOS DOS VAZIO NA ARTE CONTEMPORÂNEA
Artes visuais – Processos e procedimentos artísticos
Orientador: Prof. Dr. Sergio Romagnolo

Resumo: A pesquisa apresenta uma reflexão sobre a relação da arte contemporânea com alguns aspectos do vazio como as noções de desejo e falta, vazio existencial e ausência. O objetivo é entender porque a arte contemporânea parece ter predileção pelo vazio, reivindicando-o e jogando com suas diferentes formas. Assim, o estudo começa com uma análise sobre a produção artística recente e obras que possuem em sua poética um lugar de valor ao vazio. Depois segue-se com uma breve reflexão sobre as mudanças ocorridas no período moderno relacionadas a queda da soberania religiosa, a ruptura da arte com as tradições e questões contemporâneas como individualismo, indiferença e liberdade. Finalmente realiza-se um estudo sobre a falta comum a todos, relacionando arte e psicanálise.

Maria Eugênia Santos Monção Caldas
Aluna do curso de extensão “Experimentos em Performance I”

TRADIÇÃO E CONTEMPORANEIDADE: OS CARETAS DA PRAIA DO FORTE E A PERFORMANCE

Este artigo pretende estudar os “caretas” de Praia do Forte, distrito de Mata de São João na Bahia, investigando a relação entre as manifestações artísticas populares e a performance, apontando aspectos coincidentes e como podem influenciar criação fazer artístico. De outro lado a Praia do Forte tem se modificado muito com o turismo e os caretas refletem essas transformações.
Palavras Chave: Máscara, Contemporâneo, Tradicional, Performance.

Milene Valentir Ugliara
Mestranda PPG IA UNESP

ERRÂNCIAS URBANAS: O COLETIVO MAPA XILOGRÁFICO E SUAS INTERVENÇÕES PELA CIDADE.
Orientadora: Carminda Mendes André.

Este trabalho se constitui como uma reflexão a partir de ações do coletivo Mapa Xilográfico em intervenções junto a moradores de diversos bairros da cidade. O grupo atua desde 2006 na construção de um mapa de urbanização da cidade de São Paulo, fazendo uma residência artística bairro a bairro, permanecendo por alguns meses em contato com o lugar e seus moradores, investigando a história não-oficial, resultando em um documentário, publicação e outras ações como derivas, intervenções urbanas e construção de instalações. Em cada região, um convite é feito aos estudantes e educadores de uma escola pública e moradores do bairro, para formarem um coletivo que, durante alguns meses, compartilhará a criação artística. Durante a execução do projeto as ações interferem no cotidiano escolar e do próprio bairro, trazendo matizes novas, onde pulsa a criação e a relação do conhecimento com a rua. Desta forma, pretende-se mostrar, de que maneira a ação do coletivo causa essas interferências nos bairros onde atua e no ambiente escolar no intuito de provocar ressignificações das possibilidades de atuação ou participação nos diversos espaços.
PALAVRAS-CHAVE: escola; intervenção; cidade.

Denise Pereira Rachel
Vínculo institucional: Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes da UNESP

EDUC(AÇÃO) – PERFORMANCE COMO PROPOSTA PARA O ENSINO DE ARTES
sob orientação de Carminda Mendes André.

As inquietações em torno do modelo tradicional de ensino de artes perpetuado em grande parte das escolas públicas da cidade de São Paulo, da dicotomia entre saber formal e vida, do conhecimento artístico como área marginalizada dentro do contexto escolar, são o ponto de partida para esta narrativa estético-pedagógica. A partir destas inquietações, iniciei uma investigação teórico-prática que integra os trabalhos que realizo como professora da rede municipal de ensino e como performer integrante do Coletivo Parabelo, para propor a linguagem da performance como zona de experimentação e construção de conhecimento em arte educação. Desse modo, tenho desenvolvido ações criadas coletivamente e presentificadas em espaços variados como a rua, a escola, centros culturais localizados em regiões periféricas da cidade, no intuito de discutir os limites de acesso ao conhecimento e ao bem cultural impostos pelas instituições responsáveis por esta difusão. Como recorte para esta narrativa, escolhi a proposta de arru(ação) elaborada pelo Coletivo Parabelo dentro do projeto Perfografia, como possíveis Zonas Autônomas Temporárias, conceito de Hakim Bey, para produção e reflexão coletiva em arte, a partir da perspectiva de possíveis interfaces estabelecidas entre performance e educação.
Palavras-chave: arte educação, performance, políticas culturais.

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Participantes da Mesa 6
Foto: Gabriela Caetano


MESA 6

Alan Livan Araujo
Aluno regular do Programa de Pós Graduação IA UNESP
alanlivanarte@yahoo.com.br

CONSTRUINDO UM PORTO DE POÉTICAS TEATRAIS- RELATO DE EXPERIÊNCIAS DE UMA OCUPAÇÃO CULTURAL E ARTÍSTICA EM UMA ESCOLA.

ARAUJO, Alan Livan. Professor da rede pública do estado de São Paulo e estudante vinculado ao Programa de Pós Graduação em Arte Educação do Instituto de Artes da Unesp sob orientação de Carminda Mendes André. Será focado o projeto “Construindo um Porto de Poéticas Teatrais”, impulsionado pelo Tia Tralha, no interior da Escola Estadual Maria José, “onde eles se reúnem todos os fins de semana fazendo dali seu laboratório, local de ensaio, alvo de suas experiências de ressignificação e palco de suas apresentações” como apontado em material do próprio grupo. O Tia Tralha se configura como um grupo de pesquisas e práticas teatrais formado por jovens entre quinze e vinte anos e coordenado por Alan Livan, que exerce a função de professor de artes nesta escola. Alguns desses jovens estudam na EE Maria José ou em escolas do entorno e outros já terminaram o ensino médio. Após um ano de ações na escola, em que realizaram um espetáculo, apresentaram cenas na rua ações de integração com outros grupo teatrais da região foi colocado a questão de como se daria a continuidade e aprofundamento das pesquisas. A resposta a essa pergunta se configurou no projeto que será relatado. Inspirado na metáfora do porto como lugar de chegada e envio de informações das mais diversas, foi proposto um projeto que trouxesse para o espaço interno da escola grupos e ações teatrais e que também fossem lançadas ações a partir dali. Três eixos práticos fundamentaram a ação: a realização de uma Semana de Artes Teatrais na escola, a construção de um novo espetáculo e a realização de programas em vídeo para serem veiculados na internet, com o nome de TV Tia Tralha.
PALAVRAS-CHAVE: Escola, arte, teatro.

Patrícia Yuki Omoto
aluna ouvinte PPG IA UNESP

PARCERIA BRASIL/JAPÃO - ENSINAMENTO DA ARTE CERÂMICA EM UM CONTEXTO MAIS ATUAL.

Artes Visuais - Processos e procedimentos artísticos

Com o intuito de fortalecer a parceria e o vinculo entre os países, todos os anos, por intermédio do governo japonês, instituições e associações brasileiras possibilitam que bolsistas estudem e participem de estágios no Japão nas mais diversas áreas. Esta apresentação tem por objetivo documentar esta experiência compartilhando seis meses de descobertas técnicas e conceituais na cerâmica e descrevendo o ensinamento desta arte em um contexto mais atual, porém conservando a tradição milenar. O estágio na área de Cerâmica realizado na província de Kumamoto-ken, Japão, teve início em agosto de 2009 e término em janeiro de 2010 e contou com o projeto de aprendizado desenvolvido pelo Mestre Kanazawa. O plano proposto abrangeu exercícios de criatividade, exposição, visita a museus e galerias de arte, preparação da ferramenta utilizada para executar e finalizar a peça, prática no torno, acabamento, decoração, criação de molde e a concepção de um trabalho final. Além de contar com a participação na oficina ministrada pelo ceramista Koie Ryoji residente da província de Aichiken e na palestra e oficina na universidade de artes Seikadaigaku em Kyoto, ministrada pelo ceramista Jun Kaneko, residente em Omaha, Nebraska. O convívio com experientes ceramistas, diferente cultura e a troca constante de informações proporcionou uma nova visão em relação à cerâmica e suas possibilidades. Por isso a importância da documentação e divulgação deste intercambio no qual há um processo de enriquecimento intelectual, criativo e técnico.
Palavras-chave: Cerâmica; Japão; Estágio.

Vanessa Yoshimi Murakawa
Mestranda PPG IA UNESP
yoshary@gmail.com

CINZAS DO BRASIL: ESMALTES CERÂMICOS DO BAGAÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR.
Artes Visuais: Processos e Procedimentos Artísticos.
Orientadora: Profa. Dra. Geralda Mendes Dalglish (Lalada)

A utilização das cinzas vegetais em esmaltes cerâmicos vem de tempos remotos, com origem no Oriente a técnica vem sendo utilizada na contemporaneidade por vários ceramistas no Brasil e se destaca no auxilio ao desenvolvimento sustentável, pois trabalha com a reutilização de materiais, através do fogo, folhas secas, podas de grama, resíduos de material orgânico podem ser transformados em cinzas e utilizados na composição desses esmaltes. Esse projeto vem dar continuidade ao estudo relacionado à utilização de cinzas vegetais na composição de esmaltes cerâmicos, investigando em especial as cinzas do Bagaço da cana-de-açúcar. Tem como objetivo pesquisar as possibilidades de esmaltes através de experimentações com cinzas de diferentes procedências, diferentes argilas, adição de óxidos fundentes e colorantes, além de um resgate histórico e entrevistas com ceramistas.
Palavras- chave: esmaltes cerâmicos, cinzas, bagaço da cana-de-açúcar.

LUCIANA CALEGARI SANTOS LIMA
Aluna regular no mestrado em Artes do IA UNESP

Título: A AULA DE ARTE INCLUINDO CANÇÕES
Orientador da pesquisa em andamento: João Cardoso Palma Filho.

O presente artigo traz um relato da pesquisa em andamento nesta Instituição que aborda uma experiência de 12 anos com a prática pedagógica no ensino de arte. Abordaremos as questões metodológicas de um ensino baseado em uma prática que envolve o uso de canções nas aulas de artes visuais. Admitindo ser o professor o autor de sua aula e o responsável por mediar o conhecimento de arte aos seus alunos, faremos as relações atreladas a essa prática. Autores embasarão teorias que envolvem: a comunicação na aula de arte; as diferentes linguagens na aula de arte; o ritmo e a canção na aula de arte. Sobre a relação de ensino aprendizagem traremos os seguintes tópicos: A aula de arte e a Experiência em John Dewey; A experiência e a educação; O conceito de Interdisciplinaridade em Ivani Fazenda e Ana Mae Barbosa. A partir disso, temos como objetivo geral da pesquisa verificar como o uso das canções de história da arte contribui na aprendizagem significativa dos alunos. Quanto à metodologia da pesquisa usaremos uma Abordagem Qualitativa que tem seus fundamentos embasados na fenomenologia e os objetos se definem como correlatos dos estados mentais, não havendo distinção entre o que é percebido e nossa percepção.

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Participantes da Mesa 5
Foto: Gabriela Caetano


MESA 5

Rosângela Aparecida da Conceição
Aluna regular no mestrado em Artes Visuais do IA UNESP

“MOBILE ART”– MAPEAMENTO, ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DE PROPOSTAS POÉTICAS NO USO DE TELEFONES CELULARES: UMA PROPOSTA
Linha de pesquisa: Processos e Procedimentos Artísticos
Orientadora: Rosangella Leote

O texto refere-se à pesquisa que tem como objetivo mapear para analisar o estado em que se encontra a denominada “Mobile Art”, no período de 2001 a 2010, pensamos que em breve será uma modalidade predominante com os recursos de comunicação contemporâneos. Esta pesquisa está delimitada no uso de telefones celulares “na” e “para” a produção de propostas poéticas, pois cremos que este já apresenta uma variedade de propostas com a integração de outras tecnologias de comunicação, tornando complexa a análise de todas as manifestações realizadas com outros dispositivos móveis. Consideramos que há a necessidade de reflexão sobre essa produção e que a organização na direção de um mapeamento e classificação ajudará futuras pesquisas sobre o assunto.
Palavras-chave: arte e tecnologia, mobilidade, convergência.

Maíra Sanchez Cezaretto Camargo
Aluna regular no mestrado em Artes Visuais do IA UNESP

ARTE E COMUNICAÇÃO: O PODER DA MÍDIA ESPONTÂNEA COMO ELEMENTO DE CRIAÇÃO ARTÍSTICA
Orientador: Prof. Dr. Milton Terumitsu Sogabe

Este estudo tem o objetivo de discutir o poder da mídia utilizado para criação artística, mais especificamente a mídia espontânea. A relação entre arte e comunicação é analisada com o apoio na obra denominada Wanted Julia Margareth Cameron, de Fred Forest. São avaliados os aspectos que levam o artista a idealizar e colocar em prática suas estratégias. As ferramentas utilizadas por Forest em suas obras e a articulação delas também são contempladas neste estudo. Além disso, o potencial publicitário nas criações de Fred Forest foi igualmente objeto de consideração.
Palavras-chave: Fred Forest, arte e mídia, mídia espontânea.

Lígia Marina de Almeida
Aluna ouvinte do mestrado em Artes do IA UNESP
limarina70@gmail.com

NÚCLEOS PERIPATÉTICOS PERFORMATIVOS DE PESQUISA: PERFORMANCE E PEDAGOGIA NA II TRUPE DE CHOQUE

A pesquisa busca relatar e descrever o processo de pesquisa em Performance realizado pelo grupo II Trupe de Choque entre maio e julho de 2011. Tal processo aconteceu, sobretudo, no Núcleo Peripatético Performativo de Pesquisa desenvolvido pelo grupo em sua atual sede artística: o CAISM Phillipe Pinel (antigo Hospital Psiquiátrico Pinel) localizado em Pirituba, periferia oeste de São Paulo. Estes Núcleos, de caráter artístico-pedagógico, tiveram como público alvo os pacientes e funcionários do Hospital bem como o público presente na temporada dos “Detritos em Ensaio” (experiência aberta ao público desenvolvida pelo referido grupo), ambas ações realizadas dentro do projeto “Material Tebas/Eldorados 11 de Setembro” contemplado pela Lei Municipal de Fomento ao Teatro. A presente pesquisa buscará também investigar, à luz da pesquisa acima, a seguinte questão: quais limites/barreiras/limiares a performance encontra hoje em nossa “Sociedade do Espetáculo”, num mundo em constante representação e performatividade?
Palavras-chave: performatividade, pedagogia, II Trupe de Choque.

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Palestra de Abertura do Prof. Dr. Omar Khouri
Foto: Gabriela Caetano


MESA 4

Flávia Ruchdechel D’ávila
Aluna regular do PPG IA UNESP
flaviaconta@gmail.com

TEATRO DE OBJETOS – APANHADO HISTÓRICO E ATUAL
Orientador: Wagner Cintra
Resumo: O teatro de objetos é uma vertente do teatro de animação ainda pouco estudada no Brasil. O termo surgiu na década de 80, na França, e diz respeito a encenações onde o foco principal está voltado para objetos industrializados, facilmente encontrados em lojas de R$ 1,99, reconhecíveis por todos. Christian Carrignon, co-fundador do grupo Théâtre de Cuisine e um dos precursores do movimento, afirma que “o teatro de objetos é do nosso tempo e da nossa sociedade. Este é um teatro nascido no final do século XX, em uma Europa invadida por objetos made in China” (CARRIGNON, MATTÉOLI, 2009, p.17). Os atores estabelecem jogos com estes objetos trazidos para a cena, que passam a ser encarados como personagens. A dramaturgia sofre influências dessa relação entre ator e objeto, fazendo surgir espetáculos cheios de metáforas e provocações. Segundo Carrignon, ele busca falar de gente e não de outras coisas: “esses objetos me tocam porque eles foram comprados, amados e esquecidos. Eu os toco na cena: eu toco a vida. Eles pertenceram a pessoas vivas” (ibid., p. 16). O filósofo François Dagognet, citado por Mattéoli (2011, p.28), defende um ponto de vista parecido. Para ele, o objeto torna palpável a presença do homem, sendo um fato social total: o objeto é carregado de culturas, de imaginários e de aspirações sociais. Os objetos são capazes de contar a história das sociedades nas quais eles estão inseridos. A percepção do potencial expressivo do objeto foi largamente empregada nas artes do século XX e acreditamos que o teatro de objetos é herdeiro de movimentos artísticos, plásticos e teatrais. Nesta pesquisa serão apontados artistas fundadores e precursores deste movimento e também espetáculos produzidos na atualidade, sobretudo a partir do acompanhamento do FITO (Festival Internacional de Teatro de Objetos), mostra itinerante brasileira que, a cada ano, tem trazido artistas de diferentes países que pesquisam e trabalham com o teatro de objetos.
Palavras-chave: objeto, artes plásticas, teatro.

Roberto Rodrigues de Oliveira
UNESP - Mestrado em Artes

Título do trabalho: A OBRA DO GRUPO XPTO DE TEATRO E A POÉTICA DO ESPAÇO
Área de pesquisa: Artes Cênicas

O objeto de estudo desta pesquisa é a cena proposta pelo Grupo XPTO de Teatro, que, com sua teatralidade, tem revolucionado o arcabouço material e humano da expressão teatral ao longo destas últimas três décadas, deixando sua marca estilística ao desenvolver uma linguagem própria. A transformação de sua cena se dá com foco no movimento que acontece em todos os níveis e direções do espaço encenado. Tudo o que está compreendido pelo espaço cênico entra em movimento para que se realize a cena propriamente dita.  Essa dinâmica conta com várias técnicas e habilidades artísticas. A experiência da integração entre os diferentes elementos da cena foi desenvolvida de modo que a cenografia passou a ganhar maleabilidade e mobilidade, adquirindo com isso certa autonomia e um alto grau de participação na ação cênica, além de conferir um dinamismo especial à obra do XPTO. A principal base teórica presente na fundamentação desta pesquisa é a obra A Poética do Espaço de Gaston Bachelard.
Palavras-chave: teatro, encenação, cenografia

Silvana  Lapietra Jarra
Aluna Regular – Mestrado – PPG – IA UNESP

METÁFORAS E NARRATIVAS DE PROFESSORES DE ARTES
Orientadora: Profª Dra. Luiza Helena da Silva Christov
Área de Pesquisa: Arte e Educação – Processos artísticos e experiências educacionais

A pesquisa investiga a potência da metáfora e da narrativa de histórias pessoais e profissionais em processos de formação de educadores para trazer à cena a racionalidade imaginativa e a inteligência reflexiva, tomando a arte como experiência cognitiva. Promove aproximações entre Metáfora, Memória, Experiência e Narrativa. Integra aspectos conscientes e inconscientes permeando ações, práticas, procedimentos, valores, atitudes e escolhas fazendo emergir um pensamento vivo nos processos de formativos. Viver, narrar, trazer a experiência para o espaço da formação estudando os processos de criação pelo viés estético, metafórico, problematizando-a, reconstruindo-a, investigando-a, incorporando-a ou não, no diálogo com outras narrativas gerando deslocamentos e transformações.
PALAVRAS CHAVES: METÁFORA – NARRATIVA – EXPERIÊNCIA.

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Entre na Linha - performance de Denise Rachel
Foto: Gabriela Caetano


MESA 3

Juliana Ferreira Bernardo
aluna regular do mestrado PPG IA UNESP
juliana.fb@gmail.com
Título: COLAGEM NOS MEIOS IMAGÉTICOS CONTEMPORÂNEOS
Linha de Pesquisa: Processos e procedimentos artísticos
Orientador: Milton Sogabe

Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo a análise da colagem como procedimento artístico. Para isto, foi traçado um histórico da colagem que partiu do Cubismo, passou pelo Dadaísmo, Surrealismo e chegou à Arte Pop. Em cada um destes momentos históricos podemos perceber o significado do emprego da colagem como linguagem artística. Num segundo momento, analisamos o uso da fotografia em colagens, como por exemplo nas fotomontagens, no cinema e na arte digital. E, finalmente, a pesquisa adentrou o universo da arte contemporânea, por meio de entrevistas realizadas com artistas e visitas a museus e galerias.
Palavras-chave: colagem, imagens técnicas, arte contemporânea.

André Leite Coelho
aluno regular do Mestrado em Artes do IA UNESP
A LEITURA DE IMAGENS HISTÓRICAS E SUA DIMENSÃO MNEMÔNICA

O artigo e sua respectiva apresentação, tratam da relação entre a história da arte e a fenomenologia da memória segundo Paul Ricœur. A partir de alguns problemas relativos à historiografia, tais como a noção de anacronismo (abordada a partir de Georges Didi-Huberman) e a relação temporal entre passado e presente (segundo Walter Benjamin), a dimensão fenomenológica da memória, neste artigo, é compreendida como elemento fundamental na leitura de imagens históricas.

Paulo Eduardo Ferreira Machado
Doutorando PPG IA UNESP
Título: ARTEMÍDIA IMPERMANENTE: CALIGRAFIA DO MOVIMENTO DE 7 BILHÕES DE HABITANTES.
Área da Pesquisa: Processos e Procedimentos Artísticos
Orientador: Prof. Dr. Pelópidas Cypriano de Oliveira

Através deste trabalho proponho uma reflexão sobre o ensaio fotográfico de Martin Roemers publicado na revista Newsweek International em 7/11/2011. O ensaio é vencedor do World Press Photo 2011 e faz parte de uma empreitada de fotografar as megacidades do mundo, cujas populações são medidas em milhões. Martin Roemers, segundo ele próprio, pretende revelar com suas fotografias o sentido de humanidade presente no caos das grandes cidades. Tal reflexão será feita em comparação com meu empenho em fotografar a cidade de São Paulo e outras cidades do Brasil tendo como ponto de interesse as pessoas no ir e vir do trabalho, no sentido de revelar um caráter de impermanência da vida e das pessoas. Transe em Trânsito, título desta busca, é ponto de partida para minha tese de doutorado. Os trabalhos serão analisados a partir de uma perspectiva discursiva, utilizando principalmente os conceitos de enunciado, signo ideológico (Bakhtin e seu círculo 1929/2004) e coordenadas de situação (Kossoy 2002). A expressão caligrafia -escrita bela- contida no título deste trabalho, dialoga com fotografia -escrita com a luz. Fox Talbot patenteou a fotografia em 1841 como calótipo – de kalos, belo. A caligrafia insere-se, então, nos dois trabalhos analisados, na busca imagética do belo no caos e pela forma como os seres humanos - tema central das fotografias -escrevem com seu movimento impresso na superfície das imagens um texto a ser decodificado pelo interlocutor desses enunciados.
Palavras-Chave: Artemídia, Caligrafia, Fotografia.

Gabriela Caetano
Aluna regular de mestrado IA UNESP
gabi.ceart@gmail.com
REPRODUTIBILIDADE E TEMPO: REPETIÇÃO E DIFERENÇA DA IMAGEM NA ARTE CONTEMPORÂNEA


Este artigo apresenta o projeto que investe em um estudo sobre a produção de arte contemporânea focada na utilização da reprodutibilidade e multiplicidade das imagens em diferentes meios artísticos. Tal estudo prevê uma investigação das possíveis interlocuções entre a produção de artistas contemporâneos e minha poética pessoal, relacionando os conceitos de reprodutibilidade, multiplicidade e novas mídias. Visa ainda a propiciar uma reflexão sobre aspectos de uma suspensão temporal que reconheço nessas obras, de modo que a pesquisa plástica possa ser um ponto de cruzamento com o pensamento teórico, problematizando a reprodução das formas e as diferentes temporalidades que incidem sobre uma mesma imagem.

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Participantes da Mesa 2
Foto: Gabriela Caetano

MESA 2

Lilia Nemes Bastos
aluna regular do mestrado IA –UNESP
Título da comunicação: ESTUDOS A RESPEITO DA PANTOMIMA A PARTIR DO ESPETÁCULO “A NOITE DOS PALHAÇOS MUDOS”, DA CIA. LA MÍNIMA.
Orientador: Professor Doutor Mario Fernando Bolognesi.

Resumo: O espetáculo “A noite dos palhaços mudos”, da Cia. La Mínima, é uma das poucas manifestações artísticas atuais a adotar a linguagem da pantomima. Linguagem híbrida e predominantemente gestual, a pantomima tem larga tradição na história da arte. Esta comunicação pretende compartilhar estudos a respeito de alguns momentos da história da pantomima, apontando variantes estéticas e buscando correlações com o espetáculo da Cia. La Mínima. O trabalho integra a pesquisa de mestrado intitulada “A comicidade no espetáculo A noite dos palhaços mudos, da Cia. La Mínima”, sob orientação do Professor Doutor Mario Fernando Bolognesi.
Palavras-chave: palhaço, pantomima e circo.

Alexandre Falcão de Araújo
Aluno regular do Mestrado em Artes da UNESP
A AÇÃO POLÍTICA NO TEATRO DE RUA DE DOIS COLETIVOS ARTÍSTICOS DO EXTREMO LESTE DA CIDADE DE SÃO PAULO.
Área de pesquisa: artes cênicas.

RESUMO
O objetivo deste trabalho é pesquisar os procedimentos de ação política no teatro de rua a partir do estudo de encenações de dois coletivos artísticos do extremo leste da Cidade de São Paulo: Aliança Libertária Meio Ambiente (ALMA Ambiental) e Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes. Ambos os coletivos citados desenvolveram, ao longo de sua história, espetáculos teatrais criados e apresentados em espaços ao ar livre, espaços urbanos ressignificados pelas encenações. O recorte da pesquisa estará na análise dos procedimentos de ação política utilizados nos processos de criação e apresentação dos espetáculos A saga do Menino Diamante: uma ópera periférica, do coletivo Dolores, e Antes que a Terra fuja, do coletivo ALMA. Para tanto, serão realizadas entrevistas com os criadores, análise de material iconográfico (vídeos, fotos) e de registros escritos (manuscritos, impressos ou em sítios da internet) sobre os processos criativos e assistência a ensaios e aos espetáculos, se houver apresentações. Como desdobramento teórico, a pesquisa buscará evidenciar, na produção escrita disponível sobre teatro de rua (de âmbito acadêmico ou não), as pistas conceituais para compreender as formas possíveis de promover uma ação política na modalidade teatral em questão. Assim, será possível cotejar o discurso apresentado pelos integrantes dos coletivos pesquisados e os discursos oriundos dos textos estudados na revisão bibliográfica, identificando contradições e complementaridades.
Palavras-chave: Teatro de rua. Política. Periferia.

Sarah Monteath dos Santos
aluna especial do programa de pós-graduação em artes cênicas IA UNESP
Título: O FIGURINO QUE DEFORMA O CORPO , O CORPO QUE DEFORMA O FIGURINO : SURGIMENTO DAS MULHERES PALHAÇAS.
Área de pesquisa: Estética e Poéticas Cênicas.

Resumo: A ideia de monstro faz-se necessária nas diferentes épocas da sociedade, suscitando diversos sentimentos e funções dentro da mesma. Percebe-se que a noção de monstro, a princípio volta-se para o que é diferente, ou deformado, que não encontra-se em sintonia com o que é esperado pela sociedade, mas que se faz extremamente necessário para educar as gerações, ou para causar admiração e curiosidade. Dentre os inúmeros sentimentos despertados, o diferente também suscita o riso de acordo com Henri Bergson (1900), e, observando ser este o objetivo da personagem palhaço, analisamos que este (tomando-se nesta pesquisa o Augusto, como exemplo), utiliza- se de seu figurino para diferenciar-se, ao mesmo tempo que deforma seu corpo, propositadamente com roupas exageradas, sapatos e nariz enorme, suscitando, ainda diversos sentimentos, essa personagem ultrapassa o âmbito monstruoso, através do seu figurino grotesco. Tradicionalmente masculina, esta personagem, no circo, algumas vezes foi interpretada por mulheres, que precisavam esconder-se sob o figurino do Augusto, e não permitir que o público percebesse que ali havia uma mulher. A partir de 1970, através das escolas de circo, essa situação passa a modificar-se e as mulheres passam a ter a possibilidade de se apropriarem dos conteúdos da personagem, modificando-os em alguns momentos. A partir deste momento, tem-se uma apropriação e mudanças, dentre outras coisas, do figurino da personagem. Esta personagem, que em alguns casos vai se apresentar e defender-se enquanto palhaça, modificando o figurino e a máscara tradicional do Augusto, origina a sua própria personagem. Em outros casos, no entanto, é possível encontrar uma defesa da tradição nesta personagem enquanto masculina.
Palavras- chave: diferente, personagem palhaço, figurino.

Celso Amâncio de Melo Filho
Mestrando IA/UNESP
celsoamancio@gmail.com
Título da comunicação: CLOWNS MUSICAIS, MÚSICOS EXCÊNTRICOS E A MUSICALIDADE NA ARTE DE PALHAÇOS
Orientador: Mario Bolognesi

Resumo: Esta comunicação pretende apresentar os resultados parciais da pesquisa de mestrado “O Clown Musical – uma abordagem de sua poética e trajetória segundo o trabalho de três grupos da atualidade”. Serão abordadas as três formas que linguagem musical é utilizada por clowns ou palhaços na história do circo brasileiro: 1 – O fenômeno dos palhaços cantores na virada do século XX; 2 – O clown musical ou músico excêntrico enquanto um tipo de clown especialista; 3 – A música como ferramenta própria da arte dos palhaços. A comunicação tomará dois exemplos de palhaços do documentário O Circo, de Arnaldo Jabor e tem sua bibliografia apoiada em pesquisas de âmbito nacional, valendo-se principalmente da obra de Mario Bolognesi, Erminia Silva e José Ramos Tinhorão.
Palavras-chave: Clown, circo, música, palhaços, comicidade.

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Apresentação de Abertura - PIAP, IAdança - Incena
Foto: Gabriela Caetano


MESA 1 

Fernanda de Souza Almeida
Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes da UNESP

QUE DANÇA É ESSA? UMA PROPOSTA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.
Arte e Educação: Processos Artísticos e Experiências Educacionais.
Apresento neste artigo a pesquisa de mestrado que venho desenvolvendo desde o início de 2011, com financiamento da CAPES. Pesquisa esta que busca uma aproximação entre a dança e a criança de educação infantil; um período de descoberta do mundo, do corpo e do outro, no qual a criança amplia o leque relacional, o repertório motor e as capacidades comunicativas; um período, que apesar de toda modificação jurídica em prol dessa etapa de escolarização, ainda tem sua especificidade pouco reconhecida. Sob esse aspecto, a pesquisa pretende que o trabalho em dança vá ao encontro das características da faixa etária descritas por Henri Wallon (1941, 1989) que caracteriza a idade entre 3 e 6 anos como um período de construção de si como um ser diferente de outros seres; um processo de discriminação entre o eu e o outro. Para tal, será oferecida, relatada e refletida uma proposta em dança inspirada nos estudos de Laban (1978, 1990) e nos seus interlocutores: Marques (1999, 2005, 2010), Rengel (2005, 2009), Godoy (2003, 2007, 2008, 2010) e Strazzacappa (2001, 2009), as quais vinculam os estudos de Laban ao ambiente escolar. Um curso que possibilite a experienciação da dança como espaço de criação, exploração, descoberta, brincadeira e jogo com o seu corpo, com o do colega e com o movimento. A pesquisa de mestrado configura-se, neste início, com a revisão bibliográfica, pretendendo apresentar um panorama da educação infantil, a especificidade da faixa etária e a dança na educação. A metodologia será desenhada no início de 2012, próximo à qualificação.
Palavras-chave: Educação Infantil; Rudolf Laban; Henri Wallon.

Flávia Brassarola Borsani
Vínculo institucional: mestranda em Arte e Educação no IA/UNESP

UM ESTUDO SOBRE O (S) DIÁLOGO (S) ENTRE COREÓGRAFO, BAILARINOS E OBRA EM UM PROCESSO DE CRIAÇÃO EM DANÇA CONTEMPORÂNEA
Orientadora: Profª. Drª. Kathya Maria Ayres de Godoy
Esta pesquisa empírica qualitativa é fruto de questionamentos relacionados surgidos ao longo de minhas vivências na área da Dança enquanto bailarina, graduanda, professora de Balé Clássico e Dança Contemporânea, ensaiadora e assistente de direção. Trata-se de um estudo de caso em que pretendo acompanhar e descrever o processo de criação de uma obra de Dança Contemporânea na São Paulo Cia de Dança e refletir sobre os diálogos estabelecidos entre: a) entre coreógrafo e obra; b) coreógrafo e bailarinos; c) bailarinos e obra a fim de compreender como se dá a concepção e fruição da obra artística. Como procedimentos, utilizarei a observação a partir de um roteiro base, e como instrumentos para coleta de dados serão aplicadas entrevistas semi-estruturadas junto aos participantes da pesquisa (bailarinos e coreógrafo) a fim de verificar: 1) como os bailarinos compreendem as informações/idéias do coreógrafo e como as transpõem para seus corpos; 2) como o coreógrafo concebe sua obra e como a transmite aos bailarinos. A análise e discussão dos dados serão feitas a partir dos estudos semióticos de Santaella (2001) e Pignatari (2001). Assim, pretendo analisar o processo de criação para entender como os bailarinos assimilam e reorganizam em movimentos as ideias transpostas pelo coreógrafo, a fim de que cheguem à fruição do público e trazer para o meio científico, reflexões acerca da Dança como linguagem composta por signos.
Palavras-chave: Processo de Criação; Dança Contemporânea; Linguagem Sígnia.

Jean-Jacques Armand Vidal
Aluno Regular da Pós-graduação IA UNESP
Orientadora: Profa. Dra. Geralda Mendes F. S. Dalglish (Lalada)

A CERÂMICA DO POVO PAITER SURUÍ DE RONDÔNIA: CONTINUIDADE E MUDANÇA CULTURAL, 1970-2010
Esta pesquisa é o resultado de um trabalho de campo sobre um aspecto específico da cultura material dos índios Suruí de Rondônia, a cerâmica. A investigação se fez através de levantamento etnográfico, registro fotográfico e vídeo dos procedimentos utilizados por este povo para fabricar suas peças, verificando a localização da matéria-prima, procedimentos de extração deste material, possíveis temperos agregados a argila, técnicas de modelagem, queima, tratamento de superfície e função utilitária e ritualística das peças, com ênfase nas relações sociais envolvidas neste processo. Este estudo propôs-se também a recolher e documentar peças cerâmicas contemporâneas, com a finalidade de comparar a produção atual com as coleções Suruí dos anos 70 e 80 do século XX, do acervo particular da antropóloga Betty Mindlin, e de peças elaboradas em 2010 na aldeia Gãbgir, de modo a verificar, de um lado, a continuidade dos processos tecnológicos e de outro lado as mudanças culturais, em termos de morfologia, volume, acabamento de superfície, além de observar se fatos históricos como os contatos com os não indígenas influíram ou alteraram a produção cerâmica em relação aos processos de manufatura, implementos utilizados, técnicas empregadas, usos e interferências nas relações sociais.
Palavras chave: Cerâmica Suruí - Cultura material – Estado de Rondônia.

Fernando Luis Cazarotto Berlezzi
Aluno especial da pós – IA UNESP

A PRESENÇA DOS SERTÕES NA TELEDRAMATURGIA BRASILEIRA
Área de pesquisa: Cultura Brasileira
O Presente trabalho pretende travar uma discussão a respeito da teledramaturgia (novelas, seriados e minisséries), tomando como base o contexto dos sertões e suas representações na telinha. A teledramaturgia é, geralmente, concebida em narrativas cuja apresentação é seriada. Ou seja, é realizada em capítulos ou episódios que podem ter, a depender do tipo de narrativa, características e formas de desenvolvimento bem diferenciados e específicos. Ao invés de tentar obter respostas para as questões relacionadas ao tema, tem o objetivo de problematizar e fomentar discussões de como, quando e porque essa forma de expressão artística a teledramaturgia começou a ser considerada uma forma de arte menor e passou a ser execrada pelos intelectuais.
Palavras-chave: Teledramaturgia – sertões – adaptações

MENSAGEM DE AGRADECIMENTO

Comissão de Organização da Jornada 2011

 A Comissão Organizadora da Jornada de Pesquisa do PPG em Artes da UNESP/2011 deseja, através desta, agradecer e parabenizar a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram na jornada de organização e realização deste Evento. Queremos fazê-lo nominalmente, então nosso reconhecimento:
Ao PIAP, em nome do Prof. John Boudler e todos os seus integrantes.
Ao IAdança/Incena, em nome da Prof.  Kathya  de Godoy e aos seus integrantes.
Ao Prof. Omar Khouri.
Aos performers Denise Rachel, Viviane Madu, Vanessa Castro, Mariana Delgado e Alan Scherk.
À palestrante Luciana Lyra e às atrizes Beatriz Marsiglia, Camila Andrade, Juliana Mado e Leticia Leonardi.
Aos Professores Mario Bolognesi, Rosangela Leote, Agnus Valente, Erminia Silva, Carminda Andre, Kathya de Godoy, Luiza Christov, Rejane Coutinho, Milton Sogabe.
Aos funcionários Diva Ehlert, Paulo Velloso, Angela Lunardi, Moacir da Silva, Expedito Manfrinato, Ricardo Grigoli, Gedalva Santana, Daniel Avilez, Alexandre Sampaio, Fabio Maeda, Thiago Alves.
Aos alunos: Alexandre Falcão, Rodrigo Leite, Carlos Ataide, Thiago Antunes, Celso Amancio, Lilia Nemes, Flávia D’Ávila, Roberto de Oliveira, Alan Livan, Denise Rachel, Milene Valentir, Ana Maria de Araújo, Fernanda Almeida, Flavia Borsani, Silvana Jarra, Rosangela de Oliveira, Vanessa Murakawa, André Coelho, Gabriela Caetano, Daniela de Farias, Rosangela da Conceição, Flavio Abuhab, Juliana Bernardo, Ricardo Coelho, Jean-Jacques Vidal, Fernando Luis Berlezzi, Sarah dos Santos, Paulo Eduardo Machado, Maíra Sanches Camargo, Luciana Calegari Lima, Adriana Gonçalves, Maria Eugênia Caldas, Susete da Silva, Fernando Ferraz, Marcio Ribeiro e Ligia de Almeida, Patricia Omoto, Thaisa Schmaedecke, Rejane Arruda, Virginia Marandes, Maria Sampaio, Valdirene Souza, Vanessa Castro, Umberto Cerasoli Jr., Francini Cunha, Danielle Pereira, Danielle Oliveira, Aline Araujo, Adriana Gonçalves.
A todos nosso muitíssimo obrigado! E esperamos contar com a força e a experiência de todos na Jornada 2012.
Até lá!

Certificados

Os certificados da Jornada de Pesquisa 2011 já estão disponíveis na secretaria de pós graduação da Unesp, que funciona de segunda a sexta, das 9h às 16h.
Agradecemos a participação de todos e em breve teremos mais novidades no blog!

ABERTURA DA JORNADA DE PESQUISA



Quinta-feira dia 01 de dezembro de 2011 às 14h00
TEATRO REYNUNCIO LIMA do IA/UNESP

Grupo PIAP - Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP

Direção: John Boudler
Co-direção: Carlos Stasi e Eduardo Gianesella
Integrantes: Arturo Uribe, Bruno Oliveira, Catarina Percinio, Clenio Henrique, Diogo Del Nero, Fernando Miranda, Herivelto Brandino (convidado), Ícaro Kái, Jefferson Manes, Leonardo Bertolini Labrada, Luana Oliveira, Ricardo Miranda, Rosângela Rhafaelle, Rubens Celso, Saulo Bortoloso, Sérgio Vieira, Wesley Lopes e Zacarias Maia
         O Grupo PIAP iniciou suas atividades em 1978. Desde 1995, conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP e desde 2007 conta também com o apoio do Programa Ciência na UNESP vinculada à Vice-Reitoria. Após 34 anos de atividades, no final de 2011, chegaremos a 81 formados.
IAdança – Núcleo Incena

Direção: Kathya Godoy
Coreografia: Diego Mejía  Assistente de coreografia: Bruna Barbosa
Bailarinas: Bruna Barbosa, Flávia Borsani, Mariana Oliveira e Sarah Santoro
Iluminação: Alexandre Sampaio

O Grupo IAdança  foi criado no ano de 2005,  vincula-se ao Grupo de Pesquisa – Dança: Estética e Educação e conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP – PROEX.


PROGRAMA

Saulo Bortoloso (Brasil, 1983) - Peia (2011)

Tiago Gati (Brasil, 1976) - Areal (2010)

Marlos Nobre (Brasil, 1939) - Rhythmetron (1968, Opus 27)
A Preparação
A Escolhida
O Ritual
Leonardo Bertolini Labrada, regente



Grupo PIAP - Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP - foi criado por John Boudler em 1978 para o aperfeiçoamento acadêmico-artístico de seus integrantes e como veículo de divulgação do repertório para percussão no Brasil. Formado pelos alunos do Curso de Bacharelado em Percussão da UNESP, o Grupo PIAP também conta com eventuais convidados, proporcionando uma oportunidade de aprimoramento camerístico. Pelo grupo já passaram 81 integrantes que se apresentam, estudam e/ou ainda trabalham por todo o Brasil e em mais de 40 países nos cinco continentes. Ao longo de seus 34 anos de atividades o PIAP tem colhido grandes sucessos, firmando-se no cenário artístico nacional através de concertos e gravações em disco, rádio e televisão. Apresentou-se nos principais Festivais de Música do Brasil - Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Entre suas atividades, merecem destaque: 1º lugar no II Prêmio Eldorado de Música e a gravação de dois LPs em 1986; turnê pelos EUA, apresentando onze concertos de Saint Louis a Nova York em 1987; Prêmio Lei Sarney, como Revelação na Categoria Grupo Instrumental em 1988; Prêmios Mambembe e APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de Melhor Trilha Sonora pela participação na peça Péricles, Príncipe de Tiro de William Shakespeare em 1995; Projeto LinC da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo em 1997; lançamento do primeiro CD do Grupo em 1998; indicação na categoria Melhor Grupo de Música de Câmara pelo IV Prêmio Carlos Gomes em 1999; apresentação no Festival Percusiones del Mundo na Cidade do México com transmissão ao vivo via internet em 2000; eleito pela APCA o Melhor Conjunto de Câmara na categoria Música Erudita em 2003; lançamento de dois novos CDs em 2007; e a turnê norte-americana de 37 dias apresentando dezoito concertos e onze masterclasses no início de 2010.

John Boudler é Professor Titular do Instituto de Artes da UNESP onde criou e desenvolve o curso de percussão desde 1978. Nestes 34 anos formaram-se 81 bacharéis em percussão que atuem profissionalmente no país e no exterior. Boudler estudou no New England Conservatory of Music, na State University of New York in Buffalo e no American Conservatory of Music em Chicago. Seus principais professores foram George D’Anna, Vic Firth, Jan Williams, Lynn Harbold e James Dutton. Foi integrante dos grupos Creative Associates e SEM Ensemble trabalhando com compositores como Earle Brown, John Cage, George Crumb, Morton Feldman, Lucas Foss, Philip Glass, Lejaren Hiller, Steve Reich e Christian Wolff. Já se apresentou também sob a regência de Leonard Bernstein, Seiji Ozawa, Michael Tilson Thomas e Zubin Mehta. Em 1977, aos 23 anos, ganhou o mais alto prêmio concedido para percussão solo no 26º ARD Concurso Internacional de Munique. No Brasil, foi timpanista solista da OSESP, membro fundador e empresário do Grupo “Percussão Agora”, bolsista da CAPES, pesquisador do CNPq, diretor do IA/UNESP e premiado diretor musical de teatro. Atuou também como regente convidado da OSESP, Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Orquestra Bachiana-SESI, Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica da USP, da Unicamp, da UFBA, Orquestra Nova Sinfonieta e da Camerata Fukuda (esta última como principal regente convidado durante vários anos). Há 34 anos dirige o reconhecido Grupo de Percussão do IA/UNESP – Grupo PIAP, no qual apresenta primeiras audições, acumula prêmios, grava discos e realiza concertos, incluindo três turnês no exterior.



O Núcleo INcena é um dos eixos do Projeto de Extensão IAdança do IA-Instituto de Artes-UNESP, vinculado à PROEX - Pró-Reitoria de Extensão Universitária e também ao GPDEE - Grupo de Pesquisa – Dança: Estética e Educação, sob a coordenação da Prof ª Dr ª Kathya Maria Ayres de Godoy. Integrado por bailarinos com diversas formações, tendo como base técnica o Ballet Clássico e a Dança Contemporânea, o núcleo desenvolve pesquisas e produções artísticas em Dança Contemporânea, desde abril de 2011. A estréia aconteceu no dia 16 de maio, com apresentação da peça Rythmetron (Marlos Nobre) interpretada pelo PIAP – Grupo de Percussão e dançada pelo INcena no IA, e foi reapresentada no SESC Pompéia no dia 8 de junho. Possui também em seu repertório, a peça Tantrika (Murray Schafer), interpretada pela mezzo-soprano Eleanor James e PIAP, e apresentada pela bailarina Bruna Barbosa no Festival de Ritmo e Som no IA. Atualmente, o núcleo INcena é composto pelas bailarinas Bruna Barbosa, Flávia Borsani, Mariana Oliveira, Sarah Santoro e pelo coreógrafo, bailarino e diretor artístico Diego Mejía.
Kathya Godoy é bailarina e coreógrafa formada pela Escola Municipal de Bailados e Royal Academy of London, atuou no Corpo de Baile do Teatro Municipal de São Paulo; Graduada em Educação Física, Pós-Graduada em Ginástica e Dança; Mestre em Psicologia da Educação (PUC/SP); Doutora em Educação (PUC/SP). Leciona no Instituto de Artes da UNESP no Programa de Mestrado em Artes e nos Cursos de Licenciatura em Artes. Dirige o Grupo de Dança Contemporânea IAdança. Líder do Grupo de Pesquisa Dança, Estética e Educação. Pesquisadora das áreas de Educação, Artes e Educação Física, com destaque na produção de trabalhos multidisciplinares sobre a corporeidade na dança e na música. Elaborou o material pedagógico de Artes do Programa de Educação Continuada (PEC) da Secretaria Estadual de Educação em parceria com a USP/UNESP e PUC/SP. Elaborou e coordenou o Projeto de Capacitação de Professores da Rede Municipal de Jundiaí na área de Arte nas linguagens de Dança e Música. Premiada com o trabalho Dança Criança na Vida Real - Grupo Santander/Real área da cultura.