RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES - Jornada 2011

Performances Espaços (I)Móveis de Alan Scherk e Mariana Delgado
Foto: Gabriela Caetano


MESA 9

Thiago Antunes de Oliveira Santos
aluno regular do Mestrado em Artes do IA UNESP

ATOR-OBJETO
Apresentação estrutural do projeto No Limite da Imobilidade, em que serão discutidos alguns impasses e descobertas deste primeiro ano de trabalho. A partir do recorte da direção de atores no teatro de Samuel Beckett, discutiremos algumas anotações do próprio autor ao dirigir suas peças, a sua estética teatral e as relações entre personagem e objeto cênico.

Rosangela Ferreira de Oliveira
Vínculo institucional: Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes da UNESP

MESTRE GALDINO: O POETA E CERAMISTA DE CARUARU – PE
Artes Visuais: Processos e Procedimentos Artísticos
Prof.ª Dr.ª Geralda Mendes F. S. Dalglish (Lalada Dalglish)

A pesquisa: “Mestre Galdino: O poeta e ceramista de Caruaru – PE”, refere-se à construção da poética deste artista desde a coleta do barro, tipos de fornos, técnica utilizada, catalogação de sua cerâmica e poesia, análise da caracterização mítica presentes em sua obra até o contexto social que influenciou seu trabalho. Mestre Galdino foi poeta e ceramista pertencente à cidade do Alto do Moura / Caruaru-PE, local onde se nota a significação e importância de suas cerâmicas. Logo na entrada da cidade nos deparamos com uma homenagem aos dois ceramistas responsáveis pela tradição do núcleo de ceramistas de Caruaru: Mestre Galdino e Mestre Vitalino. Os ceramistas - descendentes da tradição do barro – consideram e prestigiam os dois Mestres e, mesmo assim, há poucos estudos publicados sobre a biografia, poesia e cerâmica do artista popular Mestre Galdino, falecido em 1996. Suas primeiras peças são jarros e máscaras e, aos poucos, em seu “escritório”, foi construindo sua poética pessoal. A imitação da realidade não era considerada Arte para Galdino, mas com a expressão dela através de figuras imaginárias foi à busca pela “transformação” da sua Arte e da construção de sua poética, estabelecendo uma rede com seu meio social sem separar Arte, poesia e vida.
Palavras Chave: Mestre Galdino; Cerâmica; Arte Popular; Alto do Moura – Caruaru/PE.

Márcio Rodrigo Ribeiro
Universidade de Santo Amaro (Unisa) – curso de Comunicação Social.
Aluno Especial – Pós-graduação Stricto Sensu em Artes do IA Unesp – São Paulo.

Título: AS IDAS E VINDAS DO CINEMA BRASILEIRO AO SERTÃO
Orientador: Prof. Dr. José Leonardo do Nascimento

Resumo: Partindo da análise dos longas-metragens “O Céu de Suely” (2006) e “Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo” (2010), ambos dirigidos por Karim Aïnouz, este trabalho pretende analisar as relações estéticas e sociais entre o cinema brasileiro atual e o sertão. O objetivo é explicar de que maneira os diretores atuantes no País desde a chamada Retomada – de 1995 para cá – representaram simbolicamente na tela este espaço que, desde 1936, com o filme do libanês Benjamin Abrahão sobre Lampião e seus cangaceiros, tornou-se tema recorrente na filmografia do País. Ao eleger a estrada como principal elemento da civilização material que une o sertão à “cidade grande”, este estudo evidencia a distância existente entre o chamado “mundo moderno” e “mundo arcaico”, questionando se o conceito de aldeia global, formulado pelo teórico canadense Marshall McLuhan nos anos 60, é válido em um contexto cultural tão dispare como o brasileiro, em que desde nosso passado colonial a maioria da população vive ao longo do litoral e mirando o além-mar. Da mesma maneira, ao traçar um breve panorama histórico dos filmes brasileiros que têm o sertão como cenário, esta análise também revela que enquanto durante o movimento do Cinema Novo, nos anos 60, este espaço foi palco para histórias marcadas por dramas sociais ou coletivos, como é o caso de filmes como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha, hoje o sertão serve como lugar para se exibir dramas individuais de personagens que têm suas vidas marcadas pelos desafios de (sobre)viver em um lugar tão negligenciado pelo Brasil ao longo de séculos como evidenciam obras literárias como “Os Sertões” (1902), de Euclides da Cunha.
Palavras-chaves: Sertão; cinema brasileiro contemporâneo; aldeia global.

Fernando Marques Camargo Ferraz
Mestrando PPG IA UNESP

Título: DANÇA NEGRA CONTEMPORÂNEA: DIVERSIDADE DE EXPRESSÕES, EMBATES POLÍTICOS E PROJEÇÕES CÊNICAS.
Área de pesquisa: Artes Cênicas (Dança)
  
Este artigo intenta abordar como os coreógrafos que se identificam com a linguagem da dança negra, constroem atualmente mediações com o cenário da produção da Dança Contemporânea. Verificar como apesar da diversidade de produção existente entre os coreógrafos da dança negra existe um esforço em instaurar um debate atual sobre seus procedimentos de criação e composição cênica, assim como, identificar como essas práticas constroem modelos de atuação profissional e produção cultural. O artigo também aponta como conceitos construídos e utilizados nos trabalhos acadêmicos apontam para a construção de parâmetros e modelos de análise dessa dança, seja indicando parâmetros teórico-metodológicos de análise dessa dança, seja apontando caminhos operacionais de análise. Por fim, o artigo pretende indicar como os esforços em identificar métodos e práticas dessa linguagem de dança não podem escapar dos nexos políticos de sua produção.
Palavras-chave: Dança negra contemporânea, procedimentos de criação, teoria da dança.


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